quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Meu pedido.


É como se tivesse deixado atrás tudo o queria ter. É como se eu tivesse voltado para tudo do qual eu queria fugir. E realmente foi assim. O que mais me perturba é que aqui eu tenho tudo que eu reivindicaria para ter nada a mais que uma coisa em especial.
Nada é igual de quando estamos perto. Nada se compara ao tamanho de nós mesmos. Nada pode nos vencer, apenas nos pôr para baixo, mas já escalamos essa muralha antes... Meus problemas são tão pequenos com você. A morte é algo que eu quero desafiar e não fugir.
Cada dia eu acordo e penso algo que não gostaria e me lembro que não era assim na sua companhia. Você me mostra a vida como ela é e eu partilho da fantasia tão presente em meus olhos sonhadores. Você me ensina coisas que escola nenhuma seria capaz. Nada pode nos interferir.
Às vezes chego a pensar que eu teria me rendido muito tempo atrás se não tivesse você; dói saber que estou certa, mas agora você está aí para mim. É simplesmente tão bom saber que, não importa a hora, o porquê ou de que modo eu te chamar, você vai atender.
É tão frágil nossa ligação quanto são nossos corações sofridos, entretanto eu aprendi que de alguma maneira que no sofrimento é que se encontram forças.
Você é mais do que eu precisava e bem menos do que merecia. Não existe quem tenha sorte maior que a minha. Foi quando eu estava perdida que te encontrei, talvez porque é se perdendo que se encontram lugares que nunca foram achados. Perdidas. Descobertas. Conectadas.
Não sei como nem porquê você entrou na minha vida, porém hoje só rezo para que você nunca saia dela.
"E se eu puder fazer um pedido à uma estrela cadente, com certeza, será para que ela não permita jamais que a vida nos separe."

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cold moon.


Lua, porque me traz essa segurança?

Em meio essa tormenta
Que me rompe o coração.
Estou no meio de um vulcão.

Lua, porque estou viva se sinto que faleci?
Em meio essa escuridão
Que me arranca a alma e fico totalmente sem armas.
Lua, como vou sobreviver se meu coração não pulsa em mim?

Lua, como amar alguém que quero odiar?
Em meio essa confusão
Que sinto raiva e paixão.
Baby, tudo sobre você foi ilusão.

Lua, como odiar alguém que quero amar?
Em meio destes sentimentos confusos
Eu fico louca sabendo que nunca amará a mim.
Lua, porque me apaixonar se sei que dói tanto assim?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Querido amigo,


As coisas mudam. As pessoas mudam... Sua vida mudou, e você também. O problema é que eu não sei se sobrou algum lugar para mim nessa nova história. Tantas novas máscaras fazem, hoje, parte do seu círculo social. Essas máscaras me afastam de você. Eu tento ficar ao seu lado, mas elas invadem minha mente numa súbita vertigem.
Não há forças que me façam lutar pelo que estou perdendo, pois você é minha força e está caminhando para tão longe... Eu não posso te alcançar. A distância não têm deixado você escutar meus prantos. As máscaras não têm deixado você enxergar as lágrimas estilhaçadas pelo meu rosto.
Eu já não posso mais lutar contra isso. Eu não posso lutar contra você. Eu estou desistindo. Não falarei mais de tudo o que passamos, esquecerei que você poderia estar ao meu lado. Talvez assim seja mais fácil encontrar o conformismo.
As coisas mudam. As pessoas mudam e você mudou. Não faço mais parte do seu mundo e por isso estou te perdendo a cada segundo. Te perco e não quero te encontrar. Vou deixar que você siga seu caminho para que eu siga o meu. E, inutilmente, espero que assim perceba o que nós dois, por puro orgulho, perdemos.

domingo, 13 de junho de 2010

Perfume.


Seu perfume invadiu meus sentidos; acelerou meus pensamentos e freou, dramaticamente, minha pulsação; envenenou meus sentimentos; bagunçou minhas emoções e congelou as pretensões de te esquecer.

Você me eternizou nos sonhos em que somos só nós dois, onde, perdida em seus braços, eu encontrei meu lugar. Estacionada nas nuvens dos mais altos anseios eu desejo ter você. Fantasiando romanticamente seu ser conduzindo-se diretamente ao meu, sem intervenções, sem intenções pretensiosas.
Seu olhar ofuscou todo meu mundo de sonhos brilhantes. Chicoteou melodicamente o meu coração. Seus olhos, certeiros, jogaram inconsequentemente as flechas que deixaram meu corpo incerto, e minha alma, tão débil, se atou ao laço de amar você.
Seu sorriso me foi tão gratificante que meu corpo, antes vazio, se inflou com seu ser. Sua felicidade, desenhada em traços minuciosos e tão perfeitos em cada detalhe, me prendem em uma corrente elétrica que comanda meus sentidos, e, em um segundo, sua felicidade é minha alegria.
Suas mãos, encobertas pelo mais divino veludo, acariciam imaginariamente as maçãs de meu rosto que, em resposta, lhe mostram a cor do sangue que pulsa em minhas veias somente para você.
E, de novo, seus olhos tão penetrantes destroem as defesas que, depois de tanto, eu criei para me proteger de você. Enquanto isso meus olhos, espelhos da alma, gritam sutilmente o quanto eu amo você.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O que eu descobri sobre você.


O que mais me perturba não é sua ausência, mas quando você esteve presente. O modo como eu me importei com isso, aliás, como não me importei. Agora o que restou foi o vazio, a falta, o medo, a insegurança... As sombras.

Sombras das memórias infames. Ações odiosas e medos inescrupulosos. A tentativa falha de querer esquecer te leva direto à escuridão. E meu pranto, tão seco depois de tanto, já não ajuda mais. Não há nada que possam fazer para tirar isso de mim porque o mais importante já me foi tomado.
O tempo não volta, ações não podem ser feitas ou desfeitas. Eu tenho que pensar no agora, no amanhã. Porém não consigo me desprender de você. Como eu poderia? Talvez a corrente mais forte seja a do arrependimento, que veio sem pedir permissão. Arrependimento da perda do tempo que pude ganhar ao seu lado.
A verdade, sem restrições, é que eu me sinto culpada. Não é pretenção, eu realmente tenho culpa. Foi por minha falha não só perder você como também tudo o de bom que poderíamos haver tido. E hoje eu vejo isso tão claro quando a chuva lavando minh'alma.
Tão dificilmente tento enfrentar essas sombras com a esperança tão mísera de sua luz intervindo em meu caminho. E, tão dificilmente, também sei que nada poderá mudar os meus sentimentos por você. Porque entre tanta insegurança a única certeza que me resta é que desesperadamente, eu sei que vou te amar. J.A.T.B e M.R.M.

sábado, 29 de maio de 2010

Estrelas.


Pode ser que em uma noite fria você se sinta só.
E que alguém que jamais pensaria foi base de uma grande mentira.
Ou que simplesmente o vento diga que já não há para onde ir,
Já que o tempo não soube fingir.

Pode ser que a chuva diga chorando que a esperança se foi.
E que o mundo conspire para não te ver sorrir.
Ou que o cão demonstre que não está ali,
Já que os sonhos perderam sua magia e só puderam cair.

Pode ser que as mãos sintam a fragilidade das lágrimas,
que dizem que sua alma quer desistir.
Ou que seus lábios, trêmulos, implorem por rendição.
Já que entre palavras soluçadas o silêncio não lhe respondeu um porque.

Pode ser que esteja parado o relógio.
E que a solidão seja uma atenciosa companheira.
Ou que as maiores experiências possam não saber.
Já que provável perdeu sentido, e o improvável é lógico.

Pode ser que você olhe para uma muralha de pedras e a veja chorar.
Ou que as folhas de outono, caídas, não anunciam o fim da estação.
Já que as flores não brotam em um desesperançado coração.

Pode ser que as estrelas não apareçam essa noite.
E que a única estrela no céu seja pequena demais para ser vista.
Ou que as nuvens, carregadas de chuva, queiram inundar seu coração.
Já que entre raios e trovões não se escuta a razão.

Mas, embora as estrelas não apareçam, por estarem escondidas atrás das nuvens
Não há motivos para se acreditar que elas não brilham mais.

sábado, 22 de maio de 2010

O que nunca seremos.


Eles se beijaram como se não houvesse nada ao redor. Ele a olhou como se ela fosse o paraíso, e no olhar dela era possível ver o quanto ela precisava dele. Ela tentou sair por um instante, mas ele não permitiu. Era visível em seu rosto que aquilo lhe trazia uma certa agonia, como se ele soubesse que o destino, por azar, poderia não deixá-la voltar. Abraçou-a fortemente e a conteve em seus beijos. Eles permaneceram assim a noite toda, e sabe-se lá por quanto mais tempo.

Eles mal sabiam que alguém os olhava. Mal sabiam que alguém, ao contrário deles, sofria com a cena e mesmo assim não conseguia deixar de olhar. Porque essa pessoa queria entender como seria ter um amor desses. Eles jamais terão ideia do quanto esse alguém desejou algo assim.

E muito menos você vai saber o quanto eu desejei que aquela cena fosse de nós dois .