domingo, 13 de junho de 2010

Perfume.


Seu perfume invadiu meus sentidos; acelerou meus pensamentos e freou, dramaticamente, minha pulsação; envenenou meus sentimentos; bagunçou minhas emoções e congelou as pretensões de te esquecer.

Você me eternizou nos sonhos em que somos só nós dois, onde, perdida em seus braços, eu encontrei meu lugar. Estacionada nas nuvens dos mais altos anseios eu desejo ter você. Fantasiando romanticamente seu ser conduzindo-se diretamente ao meu, sem intervenções, sem intenções pretensiosas.
Seu olhar ofuscou todo meu mundo de sonhos brilhantes. Chicoteou melodicamente o meu coração. Seus olhos, certeiros, jogaram inconsequentemente as flechas que deixaram meu corpo incerto, e minha alma, tão débil, se atou ao laço de amar você.
Seu sorriso me foi tão gratificante que meu corpo, antes vazio, se inflou com seu ser. Sua felicidade, desenhada em traços minuciosos e tão perfeitos em cada detalhe, me prendem em uma corrente elétrica que comanda meus sentidos, e, em um segundo, sua felicidade é minha alegria.
Suas mãos, encobertas pelo mais divino veludo, acariciam imaginariamente as maçãs de meu rosto que, em resposta, lhe mostram a cor do sangue que pulsa em minhas veias somente para você.
E, de novo, seus olhos tão penetrantes destroem as defesas que, depois de tanto, eu criei para me proteger de você. Enquanto isso meus olhos, espelhos da alma, gritam sutilmente o quanto eu amo você.